quarta-feira, 24 de novembro de 2021

46 muitos anos

 


Eu não sei como meus pais davam conta das coisas quando eles tinham 46 anos nos idos dos anos 90.


Eu não enxergo direito com 46 anos.
Não escuto.
Não confio de todo nas minhas impressões e sensações.
Não tenho amigos, circulo social.
Não tenho carro, nem comprei casa própria.
Meu filho se estudar em escola paga será com ajuda dos meus pais.
Não posso comer nada muito pesado, não posso exagerar no açúcar e no álcool.
Faço exercício, mas não aguento passar o dia num festival de música.
Durmo cada vez menos.


Aos 75, não consigo imaginar que estarei por aí atravessando a rua sozinho.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Ideias soltas no papel

 Palco de Teatro - Fotos e Vídeo | Cultura - Cultura Mix


ideia para um sitcom:

Zé é um comediante stand up que mora em SP e vive trocando de namoradas. Seu vizinho de frente é um segurado da assistência social que está de greve do emprego há 8 anos, e vive se metendo em confusões. Seu melhor amigo mora com os pais e gasta uma energia tremenda para permanecer sem trabalhar, apesar de estar sempre em bons empregos. Sua amiga mais próxima, ex ficante, trabalha numa editora e suas aventuras amorosas demonstram como é barra ser mulher. Os 4 sempre se encontram no apartamento de zé, e os episódios são intrincados, com causas e efeitos surreais, invariavelmente acabando mal para alguém.

humor.


ideia para um filme:

arqueólogos descobrem artefatos do que restou da nossa civilização no futuro. Quanto mais investigam, mais concluem que um surto de burrice global jogou o planeta no colapso. Durante a investigação, descobrem que remanescentes dessa civilização se escondem tentando aplicar um plano de destruição final do planeta.

Ideias de título: burrices do passado; idiotas de outra galáxia; caçadores da tragédia perdida; Jair, um trapalhão no fim do mundo.

Ideia para um youtube:

branco de classe média discute seu atraso mental e fim.


Ideia para um negócio: especular com o dinheiro dos outros, prometer coisas que eu não posso fazer, enganar pessoas em série, fugir com o dinheiro pra Costa Rica.


Ideia para um super poder: controlar o que as pessoas pensam, falam e fazem através de telepatia, seja uma pessoa ou uma multidão; parar o tempo à sua volta, enquanto foge ou age contra os inimigos.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

EUA e o mito democrático mundial

 
Querellas y bola de cristal, por Herbert Mujica Rojas


Olha lá, que bosta estar certo, devíamos nos empregar em futurologia: os corvos furaram os olhos da democracia.

Mentiras, a cola que rege os mitos democráticos americanos do norte e os vernizes democráticos dos americanos do sul, são a nova verdade, a nova opinião técnica embasada.

Ter razão nesses últimos 6 anos não adiantou de nada, a convicção política e principalmente a despolitização jogaram o país no chão com a fantasia boboca de salvar o país.

Além de toda humilhação e a destruição do setor cultural, baseado em moralismos vazios, temos que conviver com o fato de ter razão. E ter razão, em quase todas as situações, não adianta nada.

Pq agora com o ataque ao capitólio norte americano e a instrumentalização do estado brasileiro, e das policias, arquitetado pelo presidente atual mostram claramente que analisar com precisão seu tempo e seus acontecimentos é uma futurologia esquecida por conveniência. Arquitetado é uma maneira bonita demais para descrever qualquer coisa que bolsorabo faça, até pq sempre foi esse seu projeto, autoritarismo de estado/cabide de emprego/aparelhamento.

As empresas que estão fechando, e os empresários e economistas que não acertam uma previsão há anos, usam a mesma métrica para analisar a política e os negócios.

Essa mitologia é totalmente alimentada pela meritocracia e pelo capitalismo, que em si são mitologias baseadas em mentiras e principalmente na esperança que as pessoas não estejam informadas o suficiente para conseguirem reagir. É assim que Trump e bolzo chegaram ao governo. Ciência, matemática e informação são seus inimigos.

Qual a saída pra isso? Infelizmente, empobrecer a classe média durante certo tempo pode causar uma reação. Então entramos num ciclo: populismo de esquerda assistencialista, populismo de direita antiestado.

E não, não será o Huck que vai nos salvar.