terça-feira, 29 de março de 2011

Bolsonaro família




29/03/2011

A discussão do dia são as opiniões conservadoras de ultra-direita que um deputado federal do RJ deu no CQC. Contra gays e negros, Bolsonaro não poupou ninguém. Chocou o país, e a Twittosfera está em polvorosa querendo desistitui-lo do cargo. Acontece que esse doente tá na política há décadas. Bradando esses absurdos, ganhando milhares de votos. Claro, não podemos ignorá-lo, varrer pra baixo do tapete. Talvez fosse melhor não dar voz pra ele, mas ontem mais pessoas descobriram sua, digamos, plataforma política. Dá mesma forma, gostaria que alguma outra plataforma política controversa fosse amplamente assistida num programa de alta audiência, causando uma comoção nacional. Uma plataforma contra a inconseguente política do asfalto, dos viadutos e das tais pistas duplicadas. Uma plataforma política que questionasse a indústria incessante do automóvel, que procurasse alternativas limpas de energia, invés de meter o país na aventura de extrair petróleo a mais de 7 mil metros de profundidade. Um político(a) que quisesse devolver as marginal aos Rios Tiete e Pinheiros. Que super taxasse o trânsito de veículos particulares, e subtaxasse o transporte público, investindo amplamente neste, fazendo de SP a cidade do trem e do metro. Uma plataforma que proponha uma intervenção educacional radical e profunda, tirando os méritos de vitória social e de superioridade de classe do veículo pessoal, desistituindo o direito egoista do motorista. E por fim, mas por isso não menos importante ou mais difícil, escancarar os números de guerra civil do trânsito, causados pela certeza que o brasileiro tem de que dirige e saíra ileso por obra divina.



atualizado 23/01/2022


Será que o CQC deu a notoriedade que essa criminoso fanfarrão precisava pra chegar à presidência?

Acho simplista, como eu disse aí em cima ele estava há décadas na política falando seus absurdos estúpidos e criminosos como se fosse opinião.

Depois de destruir quase todas as instituições e montar um esquema sem fim de mamata com dinheiro público, Bostamole quer se reeleger, mas não para continuar seu governo, nesse momento tudo que ele luta, o único projeto do país, é não se deixar prender sem o foro privilegiado.

Mas ele vai falhar, e vamos ver bandido bom na cadeia.

vá de retrô satanás. Um abraço pro Marcelo Tas no inferno.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sobre duas pernas


A onda agora é andar. E não apenas pq eu descobri que estou 5 kilos acima do ideal. Pq o transporte em SP tá caro, sempre cheio, e o carro...bem, o carro é aquela coisa: estamos na cidade feita pra ele, então só tem carros. Pra onde vc vai quando um trajeto de 10km dura 1 hora? Vc anda. Ainda não levo tão a sério a bike quanto andar.

Últimos trajetos:

Metrô Sumaré - Mercado Municipal : A tranquilidade de atravessar as largas calçadas da Dr Arnaldo, subitamente dá lugar ao estresse de descer a Consolação. Carros indo em direção ao centro em altíssima velocidade, passam a 1m de vc com sangue nos olhos. Perigoso. Depois no centrão a velocidade diminui, muitas pessoas e poucas calçadas, mas o passeio compensa.

Metrô Sumaré - Santana : Indo pela ciclovia da av Sumaré até o Palmeiras o caminho é cremoso, e logo pela Marquês de São Vicente dá pra alcançar a Ponte da Casa verde e a ciclovia da av. Bráz Leme. Apesar de ficarem no meio da via, as ciclovias viabilizam um dos melhores caminhos da cidade.

Metrô Paraíso - Metrô Sumaré : Paulista sempre legal pra andar, apesar de ser um passeio mais lento, o movimento da Av. é muito divertido.

Santana - Guarulhos : 3 horas caminhando pelo Tucuruvi, Jaçana e Guarulhos. A proximidade com a serra da Cantareira agrada, e as casinhas típicas da av Guapira valem o passeio.

Hora do Planeta todo dia


Sábado passado teve a hora do planeta. 1 hora desligando tudo da tomada. Foi difícil explicar para o meu filho de 4 anos pq estava tudo apagado. Mas depois ele se divertiu. Jantamos à luz de velas, e demos risadas com nossas sombras na parede. Depois saímos, passeamos na rua e no parque da juventude. Mudou românticamente nosso dia. Quando voltamos e acendemos as luzes, não parecia natural, parecia um estupro na vista, era luminoso demais, incomodava.

Passeando pela rua, constatamos que ninguém se importou com a iniciativa como nós. No twitter, celebridades e anonimos preferiam pichar a idéia ao invés de apoiar.

Pra nós foi um exercício claro de como mudar hábitos, pensar novas idéias, pode ser justo com o planeta e divertido pra nós.

Todo dia parece mesmo utopia, mas uma vez por semana um jantar à luz de velas será bem-vindo.