segunda-feira, 19 de agosto de 2019

montanha russa de criança

De dezembro de 1999 até julho de 2019 pode parecer que uma montanha russa de coisas aconteceu.

Mas, talvez bem menos do que parece.

Quando por motivos no mínimo estranhos eu fui demitido do laboratório de foto da ESPM, eu estava me sentindo pronto para enfrentar o mundo e moldá-lo à minha vontade.

Na real eu me acomodei, sem perceber, e vivia uma ansiedade por não conseguir fazer as coisas correrem com mais velocidade, por não conseguir realizar com a eficiência que eu achei que teria.

Analisando hoje, eu me sentia adulto e pronto para desencanar de todas as obrigações que eu tinha que desempenhar até ali.

Eu podia ser só eu, minha preguiça e um baseado no sofá por algum tempo.

E foi o que eu fiz, talvez por mais tempo do que deveria, e tudo que eu fiz procurava tampar um buraco das coisas que eu não conseguia imprimir velocidade e realizar.

Depois de desperdiçar oportunidades suficiente para não ter mais oportunidades, eu ainda sai de tudo isso com o saldo positivo.

Parece que eu estou me lamentando, ou deprimido por isso. Mas na verdade me sinto bem por conseguir analisar, conseguir entender minhas responsabilidades e as responsabilidades do entorno,que eu não conseguia analisar na época.

Tudo isso para dizer que eu escrevi minha história fumando maconha nesses 20 anos, e não me arrependo, apesar de saber que poderia fazer melhor.

Usar das memórias para escrever um diário depois de tanto tempo, parece até uma piada sobre não lembrar nada depois de fumar um. Mas é uma forma real de me aproveitar de tanta montanha russa que eu andei, sem exatamente ter tanto frio na barriga assim.

É um diário de memórias, que podem ser memórias, podem ser que não.

Mas são sobre banza, sobre batata frita, sobre verde, sobre cocô do hulk, sobre fumo, sobre fumo fuçado, sobre dar aquele tapa na pantera.



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